sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Hino à Diversidade - Lauraq Finocchiaro

Hino à Diversidade

Laura Finocchiaro

Abrace a diferença!
Viver é diferente!
Se a gente diz que é gente [réplica:] Eu sou é quem eu sou!
Não tem o que nos vença! [variante:] Não há o que nos vença!


A diferença é viva! Viva a diferença!


Qual é o plural de "ão"?
É "ãos"! É "ães"! É "ões"!
Plural de cidadão?
São muitas multidões!


Qual é o plural de "ona"?
É dona! É mona! É zona!
Plural de cidadã?
Colega! Amiga! Irmã!


Qual é o maior plural?


É a singularidade! [variante:] É a diversidade!
A diferença é qual?
Unidos na igualdade! [variante:] Orgulho, liberdade!


Abrace a diferença!
Viver é diferente!
Se a gente diz que é gente [réplica:] Eu sou é quem eu sou!
Não tem o que nos vença! [variante:] Não há o que nos vença!


A diferença é viva!
Viva a diferença!


Ouça a música na barra lateral deste blog.

Fonte: http://topmusicas.net/laura-finocchiaro/hino-a-diversidade.htm

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A diversidade presente no rio Jaguarão





Descrição do álbum:


02/10/2011
Jaguarão - RS
fotos: 8 – 7 MB
Público na web
Este álbum foi criado como atividade do curso de Produção de Material Didático Digital para a Diversidade. O objetivo principal é mostrar a diversidade presente no rio Jaguarão, apresentando a Ponte Internacional Mauá, algumas áreas de lazer, barcos de pesca e de extração de areia, bem como, a bela paisagem formada por esse conjunto. As imagens foram capturadas no dia 02/10/2011 entre 18h30min e 19h, por esse motivo foram necessários alguns ajustes de luminosidade e cor, já que nesse momento as luzes artificiais já estavam ligadas. As fotos foram redimensionadas e também foram realizados alguns recortes para enquadramento das imagens.A câmera utilizada foi uma Samsung com 12.2 Mega Pixels.

Acesse o link e veja as fotos originais antes de serem tratadas no GIMP.
https://picasaweb.google.com/106330102354227332947/Fotos_originais?authkey=Gv1sRgCJPGyuy2s43LywE#

terça-feira, 19 de julho de 2011

A influência da mídia

Carmem Angela Corrêa Araujo
O presente texto pretende discorrer sobre a influência da mídia na população do município de Jaguarão, localizado no estado do Rio Grande do Sul, a 383km[1] da capital gaúcha.
Trata-se de uma pequena cidade, com aproximadamente 27.944[2] habitantes, localizada na fronteira com o Uruguai, no extremo sul do Brasil.
Nesse lugar, distante geograficamente dos grandes centros, porém, extremamente próximo pela influência das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação, a influência da mídia e dos meios de comunicação de massa não difere do que acontece nos grandes centros urbanos.
A pequena cidade dispõe apenas de jornais semanários, que em geral, divulgam praticamente as mesmas notícias locais. Embora não disponha de grandes jornais e empresas de publicidade, bem como produtoras de televisão, a população tem acesso aos mais diversos meios de informação e comunicação, por meio da aquisição de jornais de cidades maiores e da TV por assinatura, bem como, da audiência a rádios dos mais variados e distantes lugares, além do acesso à Internet que viabilizam o conhecimento dos fatos do Brasil e do mundo.
Jaguarão conta com rádios locais que promovem a interatividade da população com essa mídia, facilitando a participação direta de todos. Os fatos e acontecimentos locais são veiculados por esse meio de comunicação de massa e também podem ser transmitidos nos bares, nas esquinas e nos mais diversos ambientes de convivência e sociabilidade. Essa é uma característica intrínseca às pequenas cidades.
Cabe ressaltar que os meios de comunicação de massa se fazem presentes em todos os locais, independente do tamanho da cidade e do contingente populacional. A mídia exerce sua influência e atua em todas as comunidades da atual sociedade e por isso é importante que a escola esteja preparada para utilizá-la pedagogicamente.
Cabe à escola o importante papel de ressignificação de conceitos e valores que muitas vezes são deturpados pela influência dos meios de comunicação de massa que, em busca do “seu espaço” lançam moda, incentivam o consumismo e ditam regras de comportamento.
Na atual sociedade globalizada é necessário que os cidadãos estejam preparados para a análise do que realmente é necessário e que consigam atuar de forma ativa e posicionar-se diante da informação.
Existe um apelo muito grande de imagens e mensagens que atuam direta e indiretamente na vida das pessoas. O destino de um produto, de uma marca, entre outros, gera uma concentração de esforços na tentativa conseguir um recorde em vendas. As crianças, em especial, ficam a mercê dessa busca incessante das grandes empresas pelo sucesso das suas propagandas e investidas na tentativa de conquista.
É necessário que a escola comece a inserir essas linguagens e seus símbolos em suas atividades pedagógicas com a finalidade de preparar cidadãos conscientes e críticos, que saibam identificar a intenção que está por trás de cada apelo, como também, que desenvolvam competências para lidar com a informação veiculada sem serem conduzidos por informações tendenciosas e manipuladoras.
Nesse sentido, considera-se de fundamental importância a utilização das NTICs (Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação) nas práticas escolares.  Fiorentini afirma que:
[...] torna-se imprescindível que nós, educadores, nos engajemos em reflexões críticas sobre a introdução e a disseminação de computadores na sala de aula, contribuindo para proporcionar aos alunos ambientes educacionais compatíveis com o desenvolvimento tecnológico. Além disso, esperamos que essas reflexões transformem-se em ações concretas, contribuindo para um ensino condizente com os anseios da sociedade. (2003:223)
A utilização de computadores na escola e o desenvolvimento de projetos de aprendizagem que se sirvam de textos, sons e imagens potencializa o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias ao enfrentamento diário para atuar na sociedade da informação.


Referências
Distâncias entre cidades.  SP Sem Segredos. Disponível em: <http://www.emsampa.com.br/xspxrsint.htm>  Acesso ás 18h33min do dia 03/07/2011.
Portal do IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=431100#> Acesso às 18h25min do dia 03/07/2011.


[1]  Distâncias entre cidades.  SP Sem Segredos. Disponível em: <http://www.emsampa.com.br/xspxrsint.htm>  Acesso ás 18h33min do dia 03/07/2011.
[2] Dados do IBGE  do ano de 2007. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=431100#> Acesso às 18h25min do dia 03/07/2011.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Identidade, intolerância e as diferenças no espaço escolar: questões para debate

Numa abordagem antropológica, a identidade é uma construção que se faz com atributos culturais, isto é, ela se caracteriza pelo conjunto de elementos culturais adquiridos pelo indivíduo através da herança cultural. A identidade confere diferenças aos grupos humanos. Ela se evidencia em termos da consciência da diferença e do contraste do outro.

Ao longo de nossa história, na qual a colonização se fez presente, a escravidão e o autoritarismo contribuíram para o sentimento de inferioridade do negro brasileiro. A ideologia da degenerescência do mestiço, o ideal de branqueamento e o mito da democracia racial foram os mecanismos de dominação ideológica mais poderosos já produzidos no mundo, que permanecem ainda no imaginário social, o que dificulta a ascensão social do negro, pois este é visto como indolente e incapaz intelectualmente.

A política de branqueamento que caracterizou o racismo no Brasil foi gerada por ideologias e pelos estereótipos de inferioridade e/ou superioridade raciais. A ideologia do branqueamento teve como objetivo propagar que não existem diferenças raciais no país e que todos aqui vivem de forma harmoniosa, sem conflitos (mito da democracia racial). Além desses aspectos, projeta uma nação branca que, através do processo de miscegenação, irá erradicar o negro da nação brasileira, supondo-se, assim, que a opressão racial acabaria com a raça negra pelo processo de branqueamento. Essa tese é apresentada pelo Brasil ao mundo.

Gilberto Freire foi um dos pioneiros desse “ mito da democracia racial” apregoando que existe, no Brasil, a igualdade de oportunidades para brancos, negros e mestiços. A disseminação desse mito permitiu esconder as desigualdades raciais, que eram constatadas nas práticas discriminatórias de acesso ao emprego, nas dificuldades de mobilidade social da população negra, que ocupou e ocupa até hoje os piores lugares na estrutura social, que freqüenta as piores escolas e que recebe remuneração inferior à do branco pelo mesmo trabalho e tendo a mesma qualificação profissional. A falta de conflitos étnicos não caracteriza ausência de discriminação, muito pelo contrário, o silêncio favorece o “status quo” que, por sua vez, beneficia a classe dominante.

O movimento negro vem denunciando com freqüência o tratamento discriminatório recebido pelos negros, lutando não só para eliminar as políticas de inferiorização com respeito às diferenças raciais, mas também pela igualdade de oportunidade, que é a ética da diversidade.

O nosso cotidiano escolar está impregnado do mito da democracia racial – um dos aspectos da cultura da classe dominante que a escola transmite-, pois representa as classes privilegiadas e não a totalidade da população, embora haja contradições no interior da escola que possibilitam problematizar essa cultura hegemônica, não desprezando as diversidades culturais trazidas pelos alunos. Assim, apesar de a escola inculcar o saber dominante, essa educação problematizadora poderia tornar mais evidente a cultura popular.

A proposta de uma educação voltada para a diversidade coloca a todos nós, educadores, o grande desafio de estar atentos às diferenças econômicas, sociais e raciais e de buscar o domínio de um saber crítico que permita interpretá-las.

Nessa proposta educacional será preciso rever o saber escolar e também investir na formação do educador, possibilitando-lhe uma formação teórica diferenciada da eurocêntrica. O currículo monocultural até hoje divulgado deverá ser revisado e a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas. E a escola terá o dever de dialogar com tais culturas e reconhecer o pluralismo cultural brasileiro.

Talvez pensar o multiculturalismo fosse um dos caminhos para combater os preconceitos e discriminações ligados à raça, ao gênero, às deficiências , à idade e à cultura, constituindo assim uma nova ideologia para uma sociedade como a nossa que é composta por diversas etnias, nas quais as marcas identitárias, como cor da pele, modos de falar, diversidade religiosa, fazem a diferença em nossa sociedade. E essas marcas são definidoras de mobilidade e posição social na nossa sociedade.

Nós, como educadores, temos a obrigação não só de conhecer os mecanismos da dominação cultural, econômica, social e política, ampliando os nossos conhecimentos antropológicos, mas também de perceber as diferenças étnico-culturais sobre essa realidade cruel e desumana.

Olhar a especificidade da diferença é instigá-la e vê-la no plano da coletividade. Pensar numa escola pública de qualidade é pensar na perspectiva de uma educação inclusiva. É questionar o cotidiano escolar, compreender e respeitar o jeito de ser negro, estudar a história do negro e assumir que a nossa sociedade é racista. Construir um currículo multicultural é respeitar as diferenças raciais, culturais ,étnicas, de gêneros e outros. Pensar num currículo multicultural é opor-se ao etnocentrismo e preservar valores básicos de nossa sociedade.

Se a educação está centrada na dominação cultural da elite branca, o multiculturalismo - por ser uma estratégia de orientação educacional para os problemas das diferenças culturais na instituição escolar - reconhece a alteridade e o direito à diferença dos grupos minoritários, como negros, índios, homossexuais, mulheres, deficientes físicos e outros, que se sentem excluídos do processo social. Portanto, deve ser uma teoria a ser propagada.

Segundo o Prof. Kabengele Munanga, a identidade é para os indivíduos a fonte de sentidos e de experiência. Toda identidade exige reconhecimento, caso contrário ela poderá sofrer prejuízos se for vista de modo limitado ou depreciativo.

A realidade que enfrentamos hoje é perversa. Olhamos crianças miseráveis perambulando pelas ruas das grandes cidades, vemos pela TV e jornais o sofrimento de crianças afegãs, meninas sendo prostituídas no Brasil e na Ásia e em outros países, massacres que transformam a segurança dos poderosos em insegurança para todos nós. Ninguém exige respostas para tantas desgraças, mas de todos nós exigem um comprometimento pessoal por uma humanidade mais justa e solidária. Curiosamente sempre estamos procurando um culpado por todos esses problemas. Além disso, podemos observar no nosso cotidiano flagrantes e atitudes preconceituosas nos atos, gestos e falas. E, como não poderia ser diferente, acontece o mesmo no ambiente escolar.

Nessa proposta multicultural, a escola poderá elaborar um currículo que permita problematizar a realidade. Mesmo não sendo o único espaço de integração social, a escola poderá possibilitar a consciência da necessidade dessa integração, desde que todos tenham a oportunidade de acesso a ela e possibilidade de nela permanecer.

A educação escolar ainda é um espaço privilegiado para crianças, jovens e adultos das camadas populares terem acesso ao conhecimento científico e artístico do saber sistematizado e elaborado, do qual a população pobre e negra é excluída por viver num meio social desfavorecido.

A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural e também é o local mais discriminador. Tanto é assim que existem escolas para ricos e pobres, de boa e má qualidade, respectivamente. Por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino- aprendizagem. A escola em que ele foi formado e na qual trabalha é reprodutora do conhecimento da classe dominante, classe esta, que dita as regras e determina o que deve ser transmitido aos alunos. Mas, se o professor for detentor de um saber crítico, poderá questionar esses valores e saberá extrair desse conhecimento o que ele tem de valor universal.

Na maioria dos casos, os professores nem se dão conta de que o país é pluriétnico e que a escola é o lugar ideal para discutir as diferentes culturas, e suas contribuições na formação do nosso povo. Eles também ignoram que muitas vezes as dificuldades do aluno advêm do processo que está relacionado à sua cultura, tão desrespeitada ou até ignorada pelos professores.

A nossa escola é baseada numa visão eurocêntrica, contrariando o pluralismo étnico-cultural e racial da sociedade brasileira. E os educadores e responsáveis pela formação de milhares de jovens na sua grande maiorias são vítimas dessa educação preconceituosa, na qual foram formados e socializados. Esses educadores não receberam uma formação adequada para lidar com as questões da diversidade e com os preconceitos na sala de aula e no espaço escolar.

A pequena quantidade de alunos negros nas escolas é resultado, na realidade, da desigualdade praticada pela instituição escolar e pelo próprio processo de seu desenvolvimento educacional. Também a prática seletiva da escola silencia sobre as diferenças raciais e sociais, provocando a exclusão do aluno de origem negra pobre, dos portadores de necessidades especiais e de outros.

Trabalhar igualmente essas diferenças não é uma tarefa fácil para o professor, porque para lidar com elas é necessário compreender como a diversidade se manifesta e em que contexto. Portanto, pensar uma educação escolar que integre as questões étnico-raciais significa progredir na discussão a respeito das desigualdades sociais, das diferenças raciais e outros níveis e no direito de ser diferente, ampliando, assim, as propostas curriculares do país, buscando uma educação mais democrática.

Embora saibamos que seja impossível uma escola igual para todos, acreditamos que seja possível a construção de uma escola que reconheça que os alunos são diferentes, que possuem uma cultura diversa e que repense o currículo, a partir da realidade existente dentro de uma lógica de igualdade e de direitos sociais. Assim, podemos deduzir que a exclusão escolar não está relacionada somente com o fator econômico, ou seja, por ser um aluno de origem pobre, mas também pela sua origem étnico-racial.


____________
Bibliografia:

GIROUX, Henry A . Cruzando as fronteiras do discurso educacional: novas políticas em educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999
GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira & SILVA, Petronilha B. Gonçalves e. O jogo das diferenças: Multiculturalismos e seus contextos. Belo Horizonte: Autêntica, 1998
MUNANGA, Kabengele. O preconceito racial no sistema educativo brasileiro e seu impacto no processo de aprendizagem do “alunado negro”. IN: Utopia e democracia na Escola Cidadã. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal de RGS, 2000.
PIERUCCI, Antônio Flavio. Vivendo o proconceito em sala de aula IN: Diferenças e preconceitos na escola alternativas teóricas e praticas. São Paulo: Summnus, 1998
Ciladas da diferença. Tempo Social, 1990.
__________________________________________________________________

Fonte:
Identidade, intolerância e as diferenças no espaço escolar: questões para debate. Disponível em: - Acessado às 23h45min do dia 19/05/2011.

Francesco Gucciardini

É um grande erro falar das coisas do mundo indistintamente e de forma absoluta e, por assim dizer, tentando forçosamente enquadrá-las numa regra universal; pois quase todas têm distinção e excepção pela variedade das circunstâncias que não podem ser reduzidas a uma mesma medida: e essas distinções e excepções não se encontram escritas nos livros, mas precisam de ser ensinadas pela capacidade de discernir caso a caso.

-- Francesco Guicciardini

Frases, poemas e mensagens no
http://pensador.uol.com.br